Grupo escaneará pirâmides de Gizé para desvendar mistério de suas construções

Um grupo de especialistas internacionais terá no ano 2016 a complicada missão de "escanear" as pirâmides de Gizé (no Egito), com o objetivo de viajar por suas profundezas para tentar revelar os segredos que estes mausoléus de 4,5 mil anos de antiguidade escondem entre seus blocos de pedra.



São muitas as lendas divulgadas sobre as técnicas de construção usadas nas três pirâmides, mas os promotores deste projeto sustentam que o segredo de seu levantamento ainda se esconde nas entranhas destas maravilhas da antiguidade.


O objetivo deste trabalho é avançar rumo à fórmula que permitiu aos construtores da época colocar as pesadas e enormes pedras, umas sobre as outras, e elevá-las a até quase 150 metros de altura.
Para desvendar seus segredos, serão utilizadas quatro inovadoras técnicas e será feito uso de novas tecnologias, como os drones e o laser.

Os especialistas explicaram hoje, em entrevista coletiva junto às pirâmides, que por exemplo será usada a termografia infravermelha para medir a temperatura e detectar a radiação infravermelha emitida pelo sol, ou a termografia modulada, que consiste em examinar as partes e materiais projetando a imagem dos padrões térmicos na superfície do objeto.

"O calor da madeira é diferente ao da pedra e ambos emitem diferentes graus de temperatura. O sol também as afeta de maneira diferente. Isto nos permitirá saber o que há no interior das pirâmides", indicou Mathieu Klein, da Universidade canadense de Laval, antes de destacar que estas técnicas não são invasivas.

Além disso, será aplicada a técnica de detecção de múons, (partículas de energia que penetram nos objetos), através da qual é possível descobrir se há câmaras ocultas. Será usada também fotogrametria e o laser em toda a área de Dahshur e Gizé para fazer uma reconstrução em 3D de seus monumentos, pirâmides, templos e da esfinge.

"Nossa máxima é não tocar, não destruir e não afetar. Vamos escanear, fotografar, estudar e analisar para que isso nos dê mensagens sobre a história. Queremos localizar e entender o que há dentro", afirmou o arquiteto francês Yves Ubelmann, especializado em patrimônio e arqueologia.

Ubelmann detalhou que serão tiradas "milhares e milhares de fotografias desde diferentes alturas para fazer estudos com uma precisão incrível para saber, por exemplo, a forma técnica na qual foram construídas ou como chegaram as pedras" até o local.


O projeto, no qual participarão instituições francesas, canadenses e japonesas, que trabalharão sob a coordenação do Egito, será realizado durante todo 2016 para desentranhar mistérios graças às vias que oferece a ciência e a tecnologia.


Fonte: Terra.com.br




Nenhum comentário:

Postar um comentário