Embarcação do século 16 encontrada pode ter sido de Vasco da Gama


Arqueólogos apontaram que os destroços de um navio na costa de Omã são "provavelmente" de uma frota do navegador Vasco da Gama.

Duas naus da segunda viagem de Vasco da Gama à Índia naufragaram em 1503 na costa sudeste de Omã. As embarcações - Esmeralda e São Pedro - lideravam um esquadrão de três naus e duas caravelas e eram comandadas pelos tios maternos de Gama, Vicente e Brás Sodré, respectivamente.

Segundo relatos históricos, as duas naus afundaram após uma forte tempestade. O São Pedro naufragou perto do litoral e a maioria da tripulação conseguiu se salvar; já o Esmeralda afundou no meio do mar, causando a morte de toda a tripulação.

Mergulhadores escavam sítio de naufrágio do que pode ter sido uma embarcação do explorador português Vasco da Gama, a Esmeralda, que teria sido afundado durante uma tempestade em maio de 1503, na costa de Omã
Em 2013, os destroços de uma embarcação, encontrados em 1998 começaram a ser coletados e analisados pela empresa britânica Blue Water Recoveries e o Ministério da Herança e Cultura de Omã.

Os resultados, publicados agora na revista especializada "International Journal of Nautical Archaeology", apontam para a possibilidade de descoberta do Esmeralda.

Entre os objetos estão uma moeda rara de prata chamada Indio - até então só se sabia da existência de outra igual. As moedas foram forjadas em 1499 depois da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, o que ajuda a datar o naufrágio. Há também objetos de cerâmica e um sino.

Moeda de prata rara (Indio) recuperada do sítio do naufrágio que teria sido de uma das naus de Vasco da Gama, afundada em maio de 1503.
Os pesquisadores afirmam no artigo que falta "prova conclusiva" para afirma que se trata do Esmeralda e não do São Pedro, mas uma indicação é a marca "VS", provavelmente uma abreciação para Vicente Sodré.

Viagens pela chamada Carreira da Índia (designação atribuída à ligação marítima entre Lisboa e os portos da Índia), feitas anualmente por embarcações portuguesas desde a descoberta da rota por Vasco da Gama em 1498, eram perigosas e frequentemente fatais. Um estudo estima que 219 foram perdidos entre 1498 e 1650, mas poucos foram encontrados e praticamente todos foram saqueados antes que arqueólogos pudessem estudá-los.

Fonte: Folha.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário