Antigamente não existiam formas de diagnosticar e identificar quais eram os problemas bucais. Então se resolviam extraindo por completo o dente causador da dor, só que sem anestesia e quase sempre com as próprias mãos.
Uma curiosidade é que nessa época não existia a profissão de dentista, então quem fazia o trabalho de extração dos dentes, eram os barbeiros.
“Os médicos não queriam colocar as mãos na boca das pessoas. Aí acabou sobrando para os barbeiros se aventurarem nesse ramo, uma vez que eles já eram conhecidos por cuidar da cabeça das pessoas, pois cortavam barba e cabelo”, diz o Paulo Bueno, diretor do IMOSP (Instituto Museu e Biblioteca de Odontologia de São Paulo)
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Ferramenta antiga para extração de dente. |
Segundo o especialista, em um período ainda mais antigo, o povo egípcio fazia a extração dos dentes de forma mais cruel. “Na idade antiga, os egípcios treinavam técnicas manuais e sua força para poderem fazer as extrações dentais com as mãos”, diz Paulo.
Evolução
Porém, para a alegria dos pacientes, a odontologia evoluiu bastante com o passar do tempo. A invenção da anestesia injetável local, em meados de 1910 contribuiu, e muito, para que o sofrimento de quem tinha problemas dentais diminuísse durante uma extração ou tratamento. “A partir dos anos 60 a odontologia deu um impulso tremendo. E as responsáveis por isso foram as grandes guerras, que beneficiaram o povo com seus avanços tecnológicos”, diz Paulo.
E até aquela ideia de que qualquer dor de dente deveria ser tratada com a extração do dente, foi mudada. “Essa idéia de sempre se extrair era uma coisa dos médicos. Na época em que me formei, em 62, isso começou a mudar, pois os dentistas começaram a intervir nessas decisões médicas mostrando que era possível tratar o dente sem extraí-lo. Foi aí que os dentistas começaram a ganhar respeito, inclusive dos médicos”, conta.
Fonte: Terra
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