Conheça alguns dos fósseis mais impressionantes já encontrados

Alvo de estudo e pesquisa de milhares de paleontólogos e cientistas, os fósseis, restos de seres vivos preservados em materiais a exemplo de rochas, gelo e resina são não apenas fonte de informações valiosas sobre a evolução da vida e a história geológica do nosso planeta como também objeto de fascinação para milhares de admiradores.

Você pode ver logo abaixo um compilado dos mais inusitados fósseis já encontrados por pesquisadores de todo o mundo. Os maiores, os mais raros, os mais completos, os mais estranhos, os mais temidos... Acompanhe!


1. Ninho de dinossauros
Foto: Smithsonian/Reprodução
Em 2011, um paleontologista da Universidade de Rhod Island descobriu na Mongólia um ninho com os restos de 15 bebês dinossauros que foram depois classificados como sendo da espécie Protoceratop andrewsi. O grau de desenvolvimento do esqueleto entre os dinossauros pequenos e a falta de ovos no ninho indicam que eles já haviam estado no local há algum tempo. Acredita-se que esses pequenos dinossauros foram enterrados vivos, provavelmente por uma tempestade de areia.

2. O primata mais completo

Foto: Wikipedia
Descoberta na Alemanha, Ida tem 91 centímetros de comprimento e é o mais completo fóssil de um primata já achado. Acredita-se que ela tenha habitado a Terra há aproximadamente 47 milhões de anos. Batizado de Darwinius masillae, em comemoração ao bicentenário de Charles Darwin, o fóssil foi achado em 1983 em uma pedreira de xisto desativada, famosa por concentrar fósseis muito bem conservados. Alguns cientistas acreditam que o Darwinius é um fóssil de transição entre as linhagens de prosímios e símios (antropóides). Outros, contudo, acreditam que ele não pertence a um possível elo perdido e que estaria “muito mais próximo dos Lêmures do que dos macacos, dos grandes primatas ou de nós".

3. Marcianos
Foto: Wikipedia
Cientistas acreditam ter encontrado fósseis de bactérias marcianas. Isso mesmo, fóseis de bactérias marcianas! Eles seriam menores do que qualquer bactéria da Terra. São esses organismos com formato de minhoca vistos na imagem abaixo e detectados por meio de um microscópio eletrônico e localizados sobre um meteorito descoberto na Antártida, em 1984. Extensos experimentos e estudos de microscopia na rocha revelaram cristais de magnetita em carbonato que se assemelham à morfologia e composição de bactérias magneto tácticos modernas. Alguns cientistas, entretanto, questionam as reais possibilidades de bactérias sobreviverem no espaço, enquanto viajam no vácuo, sob forte radiação e por longos períodos. O fato é que os cientistas continuam conduzindo pesquisas e reavaliando conclusões no que diz respeito a existência de bactérias fossilizadas em meteoritos.

4. Formiga gigante
Foto: Wikipedia
Quatro paleontólogos se depararam em 2011 com o fóssil de uma formiga rainha gigante de cerca de 50 milhões de anos em sedimentos de lagos antigos no Sweetwater County, no Estado americano do Wyoming. Acredita-se que a Titanomyrma Lubei, como foi batizada, tenha vivido no período pré- historico. Ela tem cinco centímetros de comprimento, tamanho que pode ser comparado ao de um beija-flor. Esse fóssil foi o primeiro do tipo a ser encontrado no Ocidente. Surpreendentemente nenhum fóssil de formigas trabalhadoras foi localizado em torno desta formiga rainha. Atualmente, o fóssil faz parte da coleção do Museu de Ciência e Natureza de Denver.

5. Mosquito de 46 milhões de anos com sangue seco
Foto: Smithsonian/Reprodução
Não é todos os dias que se encontra o fóssil de um mosquito de 46 milhões de anos com a barriga cheia de sangue, não é mesmo? A espécie foi descoberta no leito de um rio do Estado americano de Montana, revelaram cientistas em outubro de 2013. Equipamentos científicos puderam detectar vestígios de ferro no abdômen repleto de sangue, mas como DNA não pode ser extraído de um fóssil tão antigo, a quem pertencia o fluido ainda é um grande mistério. "É um fóssil extremamente raro, o único do tipo no mundo”, disse Dale Greenwalt, principal autor do estudo.


6. A maior ave da Terra

O voluntário James Malcom, do Museu de Charleston, encontrou em 1983, o que pode ser a maior ave do mundo. Ela tem mais de sete metros da ponta de uma asa a outra! A descoberta foi feita no Estado da Carolina do Sul durante as escavações para a construção de um novo terminal do aeroporto internacional da região. De acordo com pesquisadores, o Pelagornis sandersi tinha asas longas e elegantes que o ajudavam a se manter no ar apesar de seu tamanho – duas vezes maior que o albatroz real. Acredita-se que a ave tenha vivido entre 28 e 24 milhões de anos, após a extinção dos dinossauros e antes da espécie humana povoar o planeta. Seu fóssil inclui ossos ocos e finos, patas curtas e asas enormes. Os pesquisadores chegaram à conclusão que essa ave decolava correndo ladeira abaixo, aproveitando o vento ou as correntes de ar, como fazemos com as asa-deltas.

7. Metade dinossauro, metade ave
Foto: Wikipedia
O fóssil do Archaeopteryx é visto por muitos cientistas como uma parte importante da evolução, porque explica o vínculo existente entre os pássaros e os dinossauros. A espécie é por si própria um gênero de ave precoce, situada no período de transição entre os dinossauros com penas e as aves modernas. Ela viveu no período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, onde é hoje o sul da Alemanha. Embora fosse pequena (crescia até atingir meio metro de comprimento) suas asas eram largas, o que lhe dava a habilidade de voar ou deslizar. Ainda assim, a espécie compartilha muito mais características com os dinossauros do período Mesozóico, como as mandíbulas com dentes afiados, três dedos com garras, uma longa cauda óssea e dedos hiperextensíveis. 

8. Tartaruga "brasileira"
Foto: Reprodução/Terra
Descoberta em terras brasileiras em 20 de agosto deste ano, a Atolchelys lepida tem cerca de 20 centímetros de comprimento e viveu há cerca de 125 milhões de anos. Esse fóssil foi encontrado em uma pedreira da cidade de São Miguel dos Campos, em Alagoas.

Essa tartarga, que na verdade é um cágado - uma tartaruga que vive em água doce - é destaque não apenas por ter sido encontrada no nosso país e por uma pesquisadora brasileira - Valéria Gallo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - mas também por ser o membro mais antigo da Pleurodima, um dos dois grupos nos quais se dividem as tartarugas atuais.

O crânio, a mandíbula e o plastrão (a parte debaixo da carapaça das tartarugas) se encontram totalmente preservados.

9. O último ataque 
Foto: Youtube
Na primeira imagem você vê o único fóssil já descoberto e cravado em um âmbar de uma aranha no momento exato em que ela ataca sua presa. O momento foi totalmente preservado pela resina que corre das árvores e que costuma fluir sobre os insetos e transformado anos mais tarde em uma verdadeira pedra preciosa para os pesquisadores, já que tanto a aranha quanto a vespa capturadas no fóssil são hoje consideradas extintas. A descoberta foi anunciada em setembro de 2012 por uma equipe da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos. Essa aranha habitava o Vale Hukawng, Mianmar, durante o período Cretáceo, há 110 milhões – o que significa que elas viviam, praticamente, rodeadas apenas de dinossauros.

10. A maior aranha do mundo
Foto: Twitter
Do mais raro passamos para o maior fóssil de aranha já encontrado. Sua descoberta foi anunciada no início de agosto de 2014 por uma equipe do departamento de geologia da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. O primeiro fóssil dessa espécie foi descoberto na Rússia e descrito em 1984. O segundo foi encontrado apenas três anos depois. No século 21, agricultores de Daohugou, na China, passaram a se deparar com uma série de aracnídeos do período Jurássico em uma encosta. É devido a essas descobertas que centenas de espécies são conhecidas pela ciência. O corpo do animal mede 1,65 centímetros e sua perna 5,82 centímetros. A aranha fóssil gigante é considerada a versão masculina de uma aranha fêmea encontrada há pouco tempo na mesma localidade. A investigação sobre a sua anatomia revela detalhes de como ela viveu e interagiu com suas presas. Seus fósseis dão pistas de como o clima era à época e possibilita aos pesquisadores rastrear como eles evoluíram ao longo do tempo em ambientes de constante mudança.

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